segunda-feira, 16 de março de 2015

Insubstancialidade, um Poema de Siomara Reis Teixeira!

O Comentário:
"Na verdade estes versos versam sobre atos e consequências. O sair da zona de conforto onde na verdade estamos frustrados e infelizes e tomar atitudes, agir, porém, assumindo e enfrentando, também, todas as consequências que permeiam e que embutem a "mudança" de/na, vida, já que para toda escolha existe um preço a ser pago. Será que estamos dispostos a pagá-lo? Será que vale a pena, pagá-lo? Boa leitura e reflexão!" - Siomara Reis Teixeira.

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A Poeta:
Siomara Reis Teixeira,  de União da Vitória - PR, radicada em Curitiba PR,  costuma dizer que o poeta nasce poeta. Ele não se faz poeta. É dom, maldição e acima de tudo, missão. “É como o respirar, mesmo sem o desejar”, como escreveu em uma de suas poesias. A poeta descreve com primazia o universo feminino, suas aflições, seu cotidiano, sonhos, desejos, amores, segredos e conflitos.Versa seus versos em vários exercícios de composição, aos quais qualifica como sendo, “deliciosos”, construindo com destreza poemas em vários estilos que vão desde simples quadrinhas ou aforismos, até haicais e sonetos, variando através de composições épicas, românticas e de extremo lirismo. O gênero poético depende unicamente de sua inspiração. Gnóstica por devoção, Fisioterapeuta por formação, vive hoje em Curitiba, onde é empresária, poeta, e mãe. Siomara é Poeta,  nasceu assim.

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O Poema:


INSUBSTANCIALIDADE
 
E vou cedendo a confluências 
                           de idéias,
extravasando sentimentos
                          rebuscados
como fosse, o abstrato desta poesia,
na heresia da emoção,
em tema de quinta categoria,
sem noção do que é bom poema
                                        ou não.

No entanto, não atento ser mais uma.
Arquiteto o lugar exato do feliz projeto
ou ato o ato, quiçá, da infeliz ruína.
Esqueço o espírito, entidade menina
e a alma aflita que com medo da sina, está.

Que seja então feita a minha vontade!

Direi não a iniquidade destes dias mórbidos
Entregando o castiçal sagrado a ele, o ladrão!

Que roube logo tudo, que leve com ele o marasmo,
este imenso sarcasmo dos dias nublados,
do frio arquitetado das estações,
a rotina incessante, a hipocrisia das emoções,
a ausência perversa do sol, o cinza dos dias ermos,
a sombria face da saudade a versar, felicidade!

Aí então, perceberei que a bem da verdade,
todos estes versos refletem a minha própria identidade.
Render-me-ei aos pés do oleiro e direi:

- Sim! Foi minha a culpa!

Foi minha, a tão grande culpa!


Poema de Siomara Reis Teixeira
Ilustração: de Salvador Dali, "Retrato de Gala"

segunda-feira, 2 de março de 2015

O Comentário: 

"Esse foi um dos 24 poemas que  escrevi para o primeiro e único cara que  amei de verdade nessa vida..." 

- Joyce Glenda Barros Amorim, poeta paraense, criada em Brasília, formada em Letras (Literatura) em Campo Grande  e mestranda em Belo Horizonte.




O Poema:


AMOR SINCERO

Príncipe, vem dormir
aconchegado no calor dos meus braços.
Não sou como as princesas dos livros antigos,
sempre meigas e recatadas.
Eu existo, tenho uma vida que pulsa,
também me iro e fico estressada,
mas te ofereço um amor sincero
e emoções totalmente palpáveis.
Eu sim sou de verdade
e, com meus versos,
posso imortalizar nosso amor
e fazer com que, mesmo no futuro,
todos saibam que um dia nós vivemos
e fomos dignos de cada segundo.


Poema de:  Joyce Glenda Barros Amorim -  Escrito na madrugada de 25/01/2014.
Ilustração de:  Marc Chagall  "Circo Azul".